08/01/2015
SINAIS DOS TEMPOS
GOVERNANTES
Aristocracia Intelecto-Moral: A última das aristocracias
A inteligência nem sempre é penhor de moralidade e o homem mais inteligente pode fazer mau uso das faculdades. Por outro lado, a simples moralidade pode não ter capacidade. É, pois, necessária a união da inteligência e a da moralidade para haver a legítima preponderância, a que a massa se submeterá, confiada em suas luzes e justiça. Será esta a última aristocracia, sinal do advento do reino do bem na Terra. Ela virá naturalmente, pela força dos acontecimentos, e quando os homens daquela categoria forem tão numerosos, que constituam uma imponente maioria, a massa popular lhes confiará os próprios interesses.
As aristocracias tiveram a sua razão de ser, nasceram do estado da humanidade no seu tempo; o mesmo será em relação àquela que tem de vir. Todas tiveram ou terão a sua época segundo os países, porque nenhuma se funda em princípio moral. Só este princípio pode constituir uma supremacia durável, porque será animada por sentimentos de justiça e caridade: supremacia que chamaremos ‘aristocracia intelecto-moral’.
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A GÊNESE – ALLAN KARDEC. OBRAS PÓSTUMAS. CAP. XVIII
SINAIS DOS TEMPOS
24. - A nova geração marchará, pois, para a realização de todas as ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver chegado. Avançando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o Espiritismo se encontrará com ela no mesmo terreno. Aos homens progressistas se deparará, nas ideias espíritas, poderosa alavanca e o Espiritismo achará, nos novos homens, espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo. Dado esse estado de coisas, que poderão fazer os que entendam de opor-se-lhe?
25. - O Espiritismo não cria a renovação social; a madureza da Humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto, do que qualquer outra doutrina, a secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo desse movimento. Surgiu na hora em que podia ser de utilidade, visto que também para ele os tempos são chegados. Se viera mais cedo, teria esbarrado em obstáculos insuperáveis; houvera inevitavelmente sucumbido, porque, satisfeitos com o que tinham, os homens ainda não sentiriam falta do que ele lhes traz. Hoje, nascido com as ideias que fermentam, encontra preparado o terreno para recebê-lo. Os espíritos cansados da dúvida e da incerteza, horrorizados com o abismo que se lhes abre à frente, o acolhem como âncora de salvação e consolação suprema.
26. - Grande, por certo, é ainda o número dos retardatários; mas, que podem eles contra a onda que se alteia, senão atirar-lhe algumas pedras? Essa onda é a geração que surge, ao passo que eles se somem com a geração que vai desaparecendo todos os dias a passos largos. Até lá, porém, eles defenderão palmo a palmo o terreno. Haverá, portanto, uma luta inevitável, mas luta desigual, porque é a do passado decrépito, a cair em frangalhos, contra o futuro juvenil. Será a luta da estagnação contra o progresso, da criatura contra a vontade do Criador, uma vez que chegados são os tempos por Ele determinados.
"São mais de 40 anos dedicados a pesquisa como escritor, filósofo e atuação na Federação Espírita. Todo o conhecimento produzido nesse período está à disposição de todos neste site".